sábado, 13 de novembro de 2010

eixo 7

Finalizando as postagens, faço uma reflexão sobre os que um dia foram excluídos da escola. Gostaria de manifestar minha empatia com a disciplina de EJA e meu desejo de lecionar nesta modalidade, a fim de ajudar a resgatar a cidadania, através da escolarização, de quem um dia, por algum motivo, foi excluído da escola.
A lei brasileira determina que a educação é um direito de todos e dever do Estado. No entanto, sabemos que as diferenças sociais são enormes em nosso país. Sabemos também que o sistema educacional brasileiro contribuiu muito para que essa injustiça social se instalasse. Enquanto uma parcela mínima da população tem acesso a escolas particulares, que investem bastante na qualidade da educação oferecida, houve um sucateamento da educação pública, oferecida à maior parte da população brasileira. Esse empobrecimento da escola pública contribuiu para a exclusão social.
Atualmente, políticas públicas de educação tentam, ainda timidamente, resgatar a qualidade da educação oferecida, através do investimento na formação de novos professores, preparando-os para rever a prática pedagógica vigente, por exemplo.
Mas infelizmente todo o processo histórico da educação elitista instalada até agora acabou por excluir muitos cidadãos da escola. São estes os cidadãos que agora procuram novamente a escola, através da Educação de Jovens e Adultos. São aquelas pessoas que viviam na zona rural, onde nem havia escolas ou, quando havia, localizavam-se distantes demais, dificultando o acesso. São também cidadãos urbanos pertencentes à camada pobre da população, que por vários motivos um dia tiveram que interromper seus estudos. São ainda os excluídos da escola regular, através de suas muitas repetências, devidos às suas dificuldades em se adaptar ao método de ensino-aprendizagem oferecido. Enfim, são estes os cidadãos que hoje procuram recuperar sua formação, através da EJA. E assim o fazem porque sentiram a necessidade de dominar a leitura e escrita para se inserirem na sociedade e no mercado de trabalho. Sociedade e mercado de trabalho que cada vez mais exigem o conhecimento letrado a até o domínio das múltiplas tecnologias existentes. Para isso, sabem que é preciso fazer uso social da leitura e escrita, isto é, letrar-se. E é a escola que promove o letramento, gerando as mudanças desejadas. Mas para que o aluno da EJA e também da escola regular persista em sua formação, é necessário que a escola valorize o conhecimento que ele já tem e a vivência que traz consigo. É o aluno que deve ser o centro do processo educacional.

sábado, 30 de outubro de 2010

eixo 6

Aqui me ocorre uma contribuição da disciplina de Filosofia, através de um texto de Kant: “... não se deve educar as crianças segundo o presente estado da espécie humana, mas segundo um estado melhor, possível no futuro, isto é, segundo a idéia de humanidade e da sua inteira destinação.”Fica o aprendizado, para mim, de que cabe a nós, professores, a formação moral de nossos alunos, para que haja uma evolução para melhor, mais justa e humana no convívio social.
Também considero muito importante o estudo da significação da violência na escola, disponibilizado pela disciplina de Psicologia II, pois a preocupação com a violência na escola tem sido uma constante. Quando nós, adultos, resolvemos observar, por exemplo, a hora do recreio, ficamos impressionados e preocupados com a maneira violenta como os alunos se tratam. Na tentativa de reverter esse quadro, os professores e a escola procuram desenvolver projetos que resgatam valores morais. No entanto, a eficácia desses projetos é curta. Dura apenas o tempo do projeto.
Lendo o texto de Jaqueline Picetti baseado em Piaget, vejo que crianças de 7 a 10 anos estão construindo as noções de justiça, solidariedade, intencionalidade e responsabilidade. E nós, professores, podemos auxiliar as crianças a refletirem sobre essas situações.
De acordo com Piaget, até os 10 anos os atos são avaliados segundo seus resultados, independente das intenções. E para Piaget (1994) “...o adulto deve ser um colaborador e não um mestre, do duplo ponto de vista moral e racional (...)
Nesse contexto, é bom que nós educadores respeitemos o processo de desenvolvimento moral de nossos alunos, compreendendo que o que nos parece violento pode ser apenas uma característica de determinada fase de construção da autonomia da criança.
Portanto, o que nos parece como violência na escola pode ser apenas crianças querendo fazer justiça sob sua forma de compreendê-la.

domingo, 17 de outubro de 2010

eixo 5

A interdisciplina de Organização e Gestão da Educação favoreceu a aquisição de muitos novos conhecimentos, neste quinto semestre. Cito como exemplo a atividade sobre as diretrizes curriculares.
Durante muito tempo fui uma das “muitas professoras que tomam os PCNs pelas DCN considerando-os mandatários quando não o são.” Fiquei surpresa ao tomar conhecimento deste meu equívoco. Apesar de já ter participado de algumas formações continuadas, estava bem desinformada quanto às diretrizes curriculares.
Ainda durante a leitura e estudo de material disponibilizado pela interdisciplina, tomei conhecimento que o simples anúncio das diretrizes curriculares nos documentos da escola não é garantia para um atendimento contextualizado com o público atendido pela escola. É necessário que os professores apropriem-se dessas diretrizes e as ponham em prática, para que aconteça a aprendizagem dos alunos.Foi isso que fizemos em minha escola, numa das tantas reuniões pedagógicas: os professores em conjunto, de acordo com as séries que atuam, decidiram e definiram, através de debate e troca de idéias, a grade curricular correspondente a cada série. Ou seja: definimos claramente o quê os alunos devem aprender em cada série. E esta definição passou a fazer parte do regimento escolar.
Foram muito úteis os Projetos de Aprendizagem desenvolvidos durante o semestre, pelas interdisciplinas de Psicologia e Seminário Integrador. Principalmente porque foram desenvolvidos em grupo.
A princípio, houve uma certa resistência ao trabalho em grupo. Mas depois de iniciado o projeto, o trabalho em grupo comprovou ser uma forma mais prazerosa de aprendizagem, pois há a troca , a colaboração, a interação. Até então, como professora procurava evitar o trabalho em grupo com os alunos. A partir deste meu aprendizado com os PAs, arrisquei o trabalho em grupo com meus alunos de 5ª série, nas aulas de Língua Portuguesa. E o resultado foram belíssimos poemas feitos – que alegria – em grupos.
Minha resistência inicial ao trabalho em grupo, como aluna, baseava-se no fato de não conhecer pessoalmente a maioria das colegas do grupo e que isso pudesse dificultar a interação. Mas o grupo funcionou bem à distância, e as colegas revelaram-se agradáveis pessoas.
Como docente, a dificuldade para o trabalho em grupo era a “bagunça” na sala de aula. Na minha escola, os trabalhos em grupo devem ser realizados em aula, já que os alunos não têm condições de encontrarem-se fora do ambiente escolar. E coordenar vários grupos, ao mesmo tempo, em dois períodos de aula, é uma tarefa exaustiva! Mas arrisquei.
Agora entendo John Dewey quando diz que o conhecimento é construído de consensos, que por sua vez resultam de discussões coletivas. “O aprendizado se dá quando compartilhamos experiências e isso só é possível num ambiente democrático, onde não haja barreiras no intercâmbio de idéias.”
Com a prática do trabalho em grupo com meus alunos, na produção de poemas, percebi que o sucesso deste processo deu-se em função de que havia um grupo de pessoas se comunicando e trocando idéias, experiências pessoais e sentimentos.
E este trabalho coletivo, mas também individual, acabou resultando no livro “Poemas e sentimentos”, lançado na feira multicultural da escola.
O aprendizado se deu em grupo. E a prática conjunta, através dos PAs do semestre, promoveu situações de cooperação entre colegas, mesmo à distância.
A pesquisa feita sobre a síndrome do ninho vazio, na interdisciplina de Psicologia, veio ao encontro do momento vivido por mim. Estou passando por isso e ler sobre o assunto ajudou a diminuir a ansiedade, sabendo que é uma fase comum, típica, da idade adulta. Foi importante tomar conhecimento do que posso fazer para que ela passe mais rápido.Igualmente, a interdisciplina de Psicologia fez amenizar os desafios na relação professor- aluno, através do estudo do quadro de fases, nos fazendo conhecer ou relembrar as várias etapas do desenvolvimento humano.
Lendo o texto da professora Maria Beatriz Gomes da Silva, sobre currículo e avaliação, disponibilizado pela interdisciplina de Organização do Ensino Fundamental, vejo que minha escola está no caminho certo para uma escola que atua com coerência entre o dizer e o fazer, que sabe escutar e que busca o diálogo, a autonomia e a ética, pois nosso sistema de avaliação baseia-se principalmente no caderno de acompanhamento do aluno, onde registramos diariamente o que observamos em cada um dos alunos.
Nesta tarefa de avaliar, usamos ainda as provas escritas e as produções textuais.
No entanto, como nosso regime é seriado, “fica estabelecido que determinados conteúdos devam ser aprendidos, indistintamente, por todos os alunos num tempo determinado.”
Através deste estudo, percebo que precisamos ainda levar mais em conta “as variações evolutivas dos alunos, suas histórias pessoais-familiares, suas experiências, seus ritmos, sempre procurando compreender a atender cada um em suas diferenças.”
E se desejamos realmente uma sociedade democrática, é necessário respeitar os percursos individuais, através do trabalho coletivo.
Penso que talvez seja bom colocarmos em discussão entre os educadores da escola o sistema de regime seriado. ( E quanta discussão!)
Nossa educação, nossa formação para a docência, até agora, pouco nos ensinou sobre a avaliação. É um assunto evitado, geralmente.
Conhecemos bem a avaliação somativa, mas ainda estamos na recente prática da avaliação formativa. Para exercê-la, deixamos de simplesmente atribuir uma nota no boletim escolar do aluno e passamos a usar também o parecer descritivo, onde descrevemos os avanços e as dificuldades que o aluno demonstrou.
Inclusive, no 1º ano e em parte do 2º ano do ensino fundamental de 9 anos, a avaliação é apenas descritiva, sem atribuição de notas. E isso implica numa mudança: já não apenas o ensinar. A ênfase começa a ser dada para o aprender.
Para que o aprendizado ocorra, a tarefa de ensinar não cabe apenas ao professor. Cabe também ao currículo da escola, à sua gestão, à organização das salas de aula, aos pais e, é claro, ao próprio jeito de avaliar.
A avaliação formativa precisa levar em conta, ainda, que os alunos possuem ritmos e processos de aprendizagens diferentes. Precisamos de fato considerar o que já prevê a lei: os aspectos qualitativos devem prevalecer sobre os quantitativos.
Se desejamos mesmo uma sociedade pautada pela cooperação, pela inclusão, onde todos tenham o direito de aprender, precisamos discutir e pôr em prática novas formas de avaliação.
É preciso que o professor conheça bem seu aluno, sua realidade. Por isso, temos a prática, em minha escola, de fazermos um passeio pelo bairro, com toda a turma, com o objetivo de conhecermos a casa de cada um. Isso tem ajudado a compreender a realidade dos nossos alunos e também o quanto a nossa, às vezes, está distante da deles.Também adotamos na escola, desde o início do ano, a recuperação preventiva. Ou seja: dedicamos aulas de reforço, em pequenos grupos, aos alunos que necessitam de uma dedicação mais individual. Assim, podemos avaliar com mais segurança.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

eixo 4

Sem dúvida, durante este semestre o que mais me chamou a atenção e também o que mais contribuiu para o meu aprendizado foi a integração entre as diferentes disciplinas. Tanto que ao fazer tags para postagens no blog, muitas vezes ficava em dúvida qual era a referida disciplina.
Cito como exemplo uma atividade de matemática, sobre a resolução e formulação de problemas, que pode ser feita a partir de uma gravura ou uma tirinha de humor. Jamais havia imaginado usar este tipo de material numa aula de matemática. Até então, só a havia imaginado numa aula de português.
Neste aprendizado sobre espaço e tempo, também considero importante o destaque para considerarmos o que o nosso aluno já sabe sobre determinado assunto, ou quais os conhecimentos prévios que ele já tem sobre o conteúdo a ser desenvolvido. Assim, a atividade de representar através de desenhos palavras dadas na disciplina de ciências veio mostrar que já temos nossas concepções ao estudar determinado assunto. Ver como os alunos representaram de diferentes formas a palavra “saudade”, por exemplo, veio confirmar a necessidade de sabermos sobre esse conhecimento prévio que o aluno tem sobre determinado assunto.
Da mesma forma isso ficou comprovado na disciplina de estudos sociais, com as leituras feitas sobre o planejamento. Planejamento este que não precisa prever todas as atividades a serem desenvolvidas, deixando espaço para a criticidade dos alunos e para as curiosidades que irão surgindo no desenvolvimento do conteúdo. Ficou claro em ambas as disciplinas que é importante considerar o que o aluno já sabe sobre determinado assunto, ou o que ele pensa sobre isso.
Outra integração entre as disciplinas foi a atividade com mapas oportunizada – vejam só – na disciplina de matemática. Mapa não era assunto da geografia?
E os números, tantos, que fazem parte da nossa vida? Assunto de matemática, de história, de geografia. Linha do tempo...etc.
Uma atividade de matemática, sobre espaço e forma, necessitava responder sobre a maneira como os alunos vêem o mundo. Poderia e é também uma atividade de geografia.Enfim, todas as disciplinas estavam interligadas, evidenciando assim que meu aprendizado maior foi nessa questão: a interdisciplinaridade

domingo, 26 de setembro de 2010

eixo 3

Para mostrar o que aprendi no semestre e apliquei em sala de aula, vou escolher apenas uma situação concreta.
Trata-se de uma atividade da disciplina de Literatura, sobre a contação de histórias. Sempre gostei muito de contar alguma "história", algum fato, geralmente acontecido comigo, durante minhas aulas. Os alunos gostam muito disso e penso que esse é um dos fatores que me faz ter bastante empatia com eles, evitando situações de indisciplina em sala de aula.
No entanto, quando contava esses "causos", o fazia de maneira discreta e sem muita ênfase nem certeza se deveria fazê-lo. Depois de tomar conhecimento das regras da contação de histórias, passei a contar minhas histórias com toda a segurança e emoção.
Em uma de nossas aulas presenciais tivemos que contar uma história, em grupo. Contamos "A verdadeira história do Lobo Mau". Foi emocionante, engraçado e prazeroso. No dia seguinte, contei aos alunos sobre a minha aula e resolvi contar a história para eles também. E o sucesso se repetiu. Foi aí que eles sugeriram que eu fizesse com eles a mesma atividade. Não teve dúvida: os dividi em grupos e pedi que cada grupo escolhesse uma história para contar. Formaram-se 14 grupos, pois tenho duas turmas. Para que a atividade ficasse ainda mais interessante, convidamos duas turmas de 1º ano para assistir a contação. Dos 14 grupos, a metade já se apresentou e os demais o farão na próxima semana. Quase todos foram muito bons. Alguns, excelentes. Até mesmo alunos tímidos, que eu pensava que não iriam fazer, o fizeram com prazer. E a platéia era grande! Os próximos grupos estão ansiosos por se apresentar. Quando retornamos para a sala de aula, fizeram uma auto-avaliação que igualmente me surpreendeu, pois souberam identificar muito bem o que estava bom e o que deveria ser melhorado.Para o próximo ano letivo, certamente a contação de histórias fará parte do conteúdo de Língua Portuguesa, nas 5ªs séries.     

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

eixo 2

Durante o 2º semestre, destaco, entre os diversos novos conhecimentos proporcionados pelo curso, a leitura do material sobre a Escola da Ponte. A partir deste novo conhecimento, propus algumas modificações na escola, como a implantação das salas de aula temáticas, ou seja, uma sala para a área da linguagem e estudos sociais, outra para a área das ciências exatas, especialmente para os alunos de 4º e 5ºs anos. A mudança, no entanto, não foi implantada. Quem sabe futuramente... Tive a oportunidade, um tempo depois, de conhecer pessoalmente o professor José Pacheco, numa palestra que tive a oprtunidade de assistir aqui em Novo Hamburgo.

domingo, 12 de setembro de 2010

Chegando a hora de concluir

Estamos nos aproximando do final do curso, em fase de construção do TCC. Hora de muitas reflexões.
Refletindo sobre os quatro anos que se passaram, inicio com as lembranças e aprendizado ao final do 1º semestre. Destaco, entre os vários aprendizados, a minha descoberta e o meu encanto com as TICs. Foram as mais difíceis e desafiadoras para mim, que muito pouco conhecimento tinha a respeito da interação com o virtual. A disciplina proporcionou uma grande mudança pessoal no meu modo de interagir com as pessoas e trouxe reflexos no meu trabalho docente.
Com as demais disciplinas, aprendi a ser mais cuidadosa e mais responsável em relação ao meu trabalho. Através do exemplo dos professores que tive naquele semestre, passei a socializar meu conhecimento com quem assim desejasse, coisa que até então não costumava fazer. Passei a aprender, voltando a ser uma estudante, junto com meus alunos. Assim, tive condições de fazer uma empatia com eles e sentir o que sentem, tornando o aprendizado mais leve e prazeroso.
Enfim, lembro que ao final de 2006 eu já não era mais a mesma pessoa, pois o aprimoramento e o conhecimento trouxeram grandes e importantes mudanças. Para melhor.

domingo, 27 de junho de 2010

Final de estágio

Terminado o estágio, mas o trabalho continua... E quanto trabalho! Boletins, pareceres individuais dos alunos, reuniões, cursos de formação continuada, festa de São João, ufa! Mas agora chega de lamentar. Preciso preparar a apresentação do portfolio, do relatório de estágio e tudo mais pela frente. Sinto-me angustiada, ansiosa, insegura... Não sei se dou conta... Tentarei.

domingo, 20 de junho de 2010

cyberbullying

Nesta semana recebemos a visita de meus professores, que assistiram os alunos no Laboratório de Informática. Eles estavam, na maioria, terminando suas apresentações no pbworks, enquanto outros deixavam "comments" nas páginas de seus colegas. E aí aconteceu aquilo que era esperado, claro. Deixaram algumas bobagens escritas... Então tive que explicar-lhes que aquilo que postarem estará na internet e qualquer pessoa, em qualquer lugar, poderá ler. Eles não tinham essa consciência, pensavam que apenas os colegas poderiam visualizar. Mas isso não diminui a importância do que fizeram, é claro. Afinal, na primeira oportunidade acabaram praticando o "cyberbullying". Já trabalhei este assunto com eles, no início do ano, assim que percebi que eles se agrediam bastante. Também levei o assunto aos pais, na primeira oportunidade. Melhorou um pouco, mas não resolveu. Terei que retomar o assunto e desenvolver novas práticas neste sentido. Vamos lá!

domingo, 13 de junho de 2010

pbworks

Meus alunos estão aprendendo inglês, mesmo sem querer. É que criamos um pbworks: o www.4brodriguesalves.pbworks.com. Tem a front page e depois os links no side bar, que levam às páginas das duplas de alunos. Eles estão começando com um pequeno texto onde fazem sua apresentação. Ah, e tem fotinho deles sim. Assim, estão se acostumando com o teclado e com expressões como save, login, logout... Agora querem saber como fazer para deixar um comments. Adoro ouvi-los quando falam "inglês"...
Na continuação, tentaremos pesquisar alguma escola, em algum país de língua portuguesa na África, para iniciarmos um intercâmbio virtual. Mas nem eu sei bem como fazer essa pesquisa.
Alguma dica??

domingo, 6 de junho de 2010

teatro é bom!

Nesta semana fomos ao teatro assistir "Contos de Natureza". Confesso que a princípio não estava muito disposta a ir. Sim, é preciso estar disposta... bem disposta. Não é fácil sair pela cidade com uma porção de crianças. Os cuidados devem ser redobrados!
Mas uma vez lá, ah! foi bom demais.
Desde a saída da escola,até a volta, tudo é aprendizado. Andar organizadamente de ônibus, portar-se dentro de um teatro (que exige certas posturas), viajar na história da peça, aprender com sua mensagem, conhecer pessoalmente os atores, rir, emocionar-se, tudo é aprendizado. É passar a fazer parte da sociedade, sentir-se inseridos nela.
Enfim, a cidade toda e tudo o que ela oferece é uma grande sala de aula!

sábado, 29 de maio de 2010

brincar

Esta semana aconteceu o dia do brincar. Não conhecia esta data há anos atrás. É novidade dos últimos anos. Os alunos tiveram muito tempo só para brincar neste dia. E como brincaram! Até os já adolescentes brincaram muito, até mesmo na piscina de bolinhas, vejam só! Foi uma alegria só!
Fico pensando o motivo de alguém ter criado mais esta data para comemorar. Quando eu era criança e frequentava a escola, não havia um dia especial para brincar. Todos os dias eram dias de brincar! E eu brincava muito e de brincadeiras bem diversificadas.
Mas hoje, coitadas, as crianças tem um dia, um só, só para brincar... Quando foi que elas perderam este direito de brincar sempre, a qualquer hora, todos os dias? Observando o recreio, vejo que elas realmente não brincam mais. Elas jogam, correm, se agridem, mas brincadeiras mesmo não tem. E também naquela época não havia nenhum professor para ficar cuidando do recreio. As crianças brincavam sem supervisão ou fiscalização. Apenas brincavam. Hoje isso seria impraticável, pois é necessário estar sempre tentando resolver os conflitos da hora do recreio.
Seria bom um recreio dirigido talvez, com propostas de brincadeiras. Mas aí cada vez mais os professores não fariam seu intervalo tão necessário e direito de qualquer trabalhador. Como resolver essa questão?

domingo, 23 de maio de 2010

a necessidade da postagem

Um dia sonho em ter um blog sem compromisso. Postar quando quiser, ou melhor, quando sentir vontade. Enfim, quando estiver sentindo... entusiasmo, tristeza, esperança, sei lá!
Por enquanto não posso. Preciso fazer uma postagem semanal, obrigatoriamente. Estou até um pouquinho atrasada.
Esta semana meu registro é apenas esse desabafo. Foi uma semana bem atribulada. Além da minha turma, estou também substituindo uma colega no turno contrário. Tive também quatro horas da extensão em Cultura Indígena e onze horas do curso de Capacitação Turística sobre Novo Hamburgo. Além disso, tivemos uma plenária da 1ª Conferência Municipal de Educação. Ah, sábado ainda teve três horas de oficina sobre o projeto do uso do jornal na sala de aula.
Também tive conselho de classe e agora preciso fazer o parecer descritivo dos meus alunos, com atenção.
No momento, domingo ao meio dia, enquanto a família faz um churrasquinho, estou aqui postando no blog e também o planejamento semanal no pbworks. Acho que a reflexão da semana vou deixar para amanhã. Caso contrário, corro o risco de nem reconhecer mais meus filhos quando passarem por mim...

domingo, 16 de maio de 2010

a saída de campo


Fizemos nosso passeio de estudos ao Centro Histórico de Hamburgo Velho na quarta-feira passada. Depois veio o feriadão, oba!

Ainda não conversei com alunos sobre o passeio, portanto. Estou ansiosa para fazer isso amanhã. Quero ouvir tudo o que eles me dirão sobre o passeio, o que aprenderam, o que viram e que não irão mais esquecer.

Quanto a mim, é incrível que apesar de já ter visitado o lugar várias vezes, novamente foi como se fosse a primeira vez. Pensando, cheguei à conclusão que sempre tem algo novo ou que me escapou ao olhar. Ou então que o que é interessante mesmo são as pessoas que me acompanham. Sim, porque elas sempre são outras. A cada ano os alunos são outros, os guias dos locais visitados são outros e até o/a motorista do ônibus é outro/a. E eu gosto muito de pessoas!

Dessa vez, tive uma grande surpresa com a motorista do ônibus. Sim, era uma mulher! Ou melhor, uma garota. Com 25 anos apenas, mas hábil na direção, cuidadosa, simpática, paciente, participativa, gentil. Todos nos surpreendemos com ela. Tanto eu quanto os alunos achamos muito bacana que a mulher já esteja ocupando espaços profissionais até então típicos de homens apenas. E esse foi mais um aprendizado dentre tantos do passeio, que os alunos irão relatar amanhã para mim. Mas sei que já o fizeram para suas famílias, entusiasmados. Inclusive alguns se informaram nos locais visitados sobre como deveriam fazer para levar a família para conhecer os locais. É isso mesmo: estão começando a se sentir inseridos na cidade, sentindo-se cidadãos afinal! Que alegria!


domingo, 9 de maio de 2010

graças à tecnologia da informação

Nesta semana que está iniciando, levarei os alunos para uma visita ao centro histórico de Hamburgo Velho. A intenção é mostrar-lhes a Casa Schmidt-Presser e a Galeria de Arte Ernesto Frederico Scheffel. Ambas fazem parte da Fundação Scheffel e são o núcleo da imigração alemã na cidade.
Durante a semana, como preparação para essa saída de campo, fizemos já uma visita virtual a estes locais. No Laboratório de Informática, os alunos puderam visualizar parte do que irão ver e tomar conhecimento de várias informações a respeito do local.
O site da Fundação abre com uma das telas do referido pintor, e esta tela retrata uma mulher semi-nua. E isto foi motivo de piadinhas por parte de alguns alunos, meninos. Neste momento, fiz uma intervenção a todos, explicando-lhes o quanto era comum que artistas pintassem o nu, de forma geral. Expliquei-lhes também o porquê e o significado que tem, em arte. Enfim, tive que dar uma rápida aula de arte.
Mas ainda bem que foi na visita virtual. Penso que se este tipo de reação tivesse sido na visita real, eu me sentiria um tanto constrangida com o fato, diante do guia que estaria nos acompanhando. Assim, agora os alunos já estão plenamente preparados para entender melhor tudo o que verão e também poderão entender melhor as explicações que receberão durante a visita, na próxima terça-feira. Graças à tecnologia da informação!

sábado, 1 de maio de 2010

a mágica da internet

Para ajudar meus alunos a entenderem melhor sua localização, levei-os ao laboratório de informática, na intenção de utilizar o google earth para isso. Projetei no telão, para que todos pudessem acompanhar as explicações. Começamos desde a imagem do planeta Terra e fomos aproximando, aproximando... até chegar à escola, ao bairro, ao campinho de futebol, às suas casas. A viagem foi muito interessante e, ao final, ficou para eles também a impressão de que somos, todos nós, um grãozinho de areia em tanta imensidão!
Aproveitei também para mostra-lhes meu pbworks, do qual eles fazem parte, inclusive com fotos. Eles puderam ler os comentários da professora e minhas respostas. Acharam incrível que minhas aulas fossem assim, pelo computador. E um dos alunos fez a seguinte pergunta, para mim engraçada mas para ele uma curiosidade grande: "Mas a tua professora é mais nova do que tu?"
É, tenho certeza que para aulas on line é necessário que os professores sejam mais novos que os alunos...

quarta-feira, 21 de abril de 2010

espaço geográfico

Ao iniciar o estudo sobre a cidade com meus alunos, comecei com a nossa localização. Apresentei-lhes o globo terrestre, o mapa-mundi, o mapa do Brasil, do RS, para finalmente chegar a Novo Hamburgo. Esses mapas e sua apresentação causaram bastante interesse nos alunos. Mas fiquei surpresa com o fato de poucos deles já terem visto estes mapas anteriormente. O quanto eles desconhecem os conceitos de mundo, país, estado, cidade e até mesmo bairro foi algo que aprendi nessa aula. Muitas vezes creio que nós, professores, partimos do pressuposto de que nossos alunos entendem nosso vocabulário, compreendem conceitos que imaginamos já ser de seu domínio, enfim, que estão entendendo o que queremos mostrar. Mas nem sempre isso acontece. E eles se calam para algumas vezes apenas ouvir, mesmo sem entender.
Em certo momento, um aluno perguntou: "por que tem que ser assim, tudo dividido em pedaços? por que não pode ser uma coisa só, tudo/todos juntos?" É, a aula foi rica!

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Ambiente virtual

No início desta semana, conversando com os alunos, contei a eles sobre as tarefas que tenho como aluna, assim como eles. Falei sobre o blog e sobre o wiki. Contei que eles estavam lá, nas minhas atividades. Inclusive com fotos. E eles se mostraram bastante curiosos em conhecer esses ambientes virtuais. Infelizmente os micros do LIE estão sendo todos trocados e o laboratório não está disponível. Mas é por pouco tempo. Assim que for possível, os levarei até lá para mostrar-lhes o que tenho feito e o quanto eles são importantes neste trabalho. Na sequência, estou pensando em criar um wiki para eles também e uma forma de trabalhar com eles neste ambiente virtual. Só não sei ainda de que forma explorarei com eles essa ferramenta. Alguém tem uma sugestão?

domingo, 11 de abril de 2010

2010 tem jeito de 10...

Minha primeira postagem pra este ano... cheia de ansiedade! Afinal, é o semestre do estágio, depois vem o TC... ai...
Outro dia fiquei pensando: e se meu estágio não for bom? Estou há muitos anos no magistério, como ficaria num caso desse? Como recuperar o mal feito durante todos estes anos? Claro que estou brincando, mas a reflexão existe sim. Tenho feito bem o meu trabalho? Ele é satisfatório, tanto para mim quanto para os meus educandos? Está faltando alguma coisa? Tenho sido feliz e fazendo outros felizes com o meu trabalho? Ele é indispensável, vale a pena?
Pois então! Agora é a hora de conferir tudo isso! Vamos lá!!