sábado, 30 de outubro de 2010

eixo 6

Aqui me ocorre uma contribuição da disciplina de Filosofia, através de um texto de Kant: “... não se deve educar as crianças segundo o presente estado da espécie humana, mas segundo um estado melhor, possível no futuro, isto é, segundo a idéia de humanidade e da sua inteira destinação.”Fica o aprendizado, para mim, de que cabe a nós, professores, a formação moral de nossos alunos, para que haja uma evolução para melhor, mais justa e humana no convívio social.
Também considero muito importante o estudo da significação da violência na escola, disponibilizado pela disciplina de Psicologia II, pois a preocupação com a violência na escola tem sido uma constante. Quando nós, adultos, resolvemos observar, por exemplo, a hora do recreio, ficamos impressionados e preocupados com a maneira violenta como os alunos se tratam. Na tentativa de reverter esse quadro, os professores e a escola procuram desenvolver projetos que resgatam valores morais. No entanto, a eficácia desses projetos é curta. Dura apenas o tempo do projeto.
Lendo o texto de Jaqueline Picetti baseado em Piaget, vejo que crianças de 7 a 10 anos estão construindo as noções de justiça, solidariedade, intencionalidade e responsabilidade. E nós, professores, podemos auxiliar as crianças a refletirem sobre essas situações.
De acordo com Piaget, até os 10 anos os atos são avaliados segundo seus resultados, independente das intenções. E para Piaget (1994) “...o adulto deve ser um colaborador e não um mestre, do duplo ponto de vista moral e racional (...)
Nesse contexto, é bom que nós educadores respeitemos o processo de desenvolvimento moral de nossos alunos, compreendendo que o que nos parece violento pode ser apenas uma característica de determinada fase de construção da autonomia da criança.
Portanto, o que nos parece como violência na escola pode ser apenas crianças querendo fazer justiça sob sua forma de compreendê-la.

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